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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A doença do CONSUMISMO

Livro - Mentes Consumistas

Ao longo dos últimos quinze anos, no dia a dia de seu consultório, a médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva assistiu ao significativo aumento do número de jovens adultos em busca de ajuda contra angústia, ansiedade, depressão. Boa parte desses casos tem uma origem comum, nem sempre identificada num primeiro momento: a compulsão por compras e suas consequências para a vida financeira e social das pessoas.

Atenta a essa nova forma de adoecer – e à tendência de que se alastre numa sociedade cada vez mais consumista –, Ana Beatriz lança sua mais recente obra, Mentes consumistas: do consumismo à compulsão por compras. Publicado pelo selo Principium, o livro trata da perigosa tendência atual da busca da felicidade pelo consumo.

Para surpresa da própria autora, a grande fonte de prazer dos compulsivos se encerra no ato da compra, e não necessariamente na posse ou no usufruto dos bens adquiridos (os quais, com frequência, acabam deixados de lado, enquanto a pessoa se concentra em novos alvos de desejo).

A doença – que a ciência chama de oniomania – desencadeia quadros bastante semelhantes aos da dependência química e tem características comuns com outras enfermidades “modernas”, como a bulimia, a anorexia, o TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) e o TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade).

Embora comprar não seja um ato ilegal, muitos oniomaníacos se sentem culpados e chegam a esconder seus hábitos até mesmo das pessoas mais próximas.

A autora destaca uma singularidade dos compulsivos por compras: diferentemente de quem padece de outros transtornos de comportamento, o consumista descontrolado sofre porque embaralha sua identidade com as marcas dos objetos que compra.

Em outras palavras, confunde o “ser” com o “ter”. E ele também julga que sua felicidade depende da quantidade de coisas que pode comprar para si e para os outros. Isso o conduz para uma escalada de consumo sem fim, na busca constante pelos efêmeros momentos de prazer proporcionados a cada aquisição.

Assim como em seus outros livros – como o best-seller Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado, com mais de 600 mil exemplares vendidos e cuja nova edição revista e ampliada é publicada agora pela Principium –, a autora recorre a casos reais de sua experiência clínica para ilustrar o sofrimento e a dinâmica da mente do compulsivo por compras.

Ela identifica os estopins que podem desencadear a oniomania, lista os sinais e os sintomas da “ressaca” pós-compras e retrata os meios diagnósticos para identificar a doença – inclusive com um útil check list para o leitor se avaliar.

Para além de explicar a oniomania, as formas de identificar o transtorno e os meios disponíveis para tratá-lo – inclusive com um Top 10 de intervenções comportamentais, dicas eficientes para quem sofre da oniomania –, o livro traz oportunas reflexões sobre a sociedade moderna e seus perversos mecanismos de estímulo ao consumo desenfreado.

Ana Beatriz observa que os valores de mercado deixaram o campo da economia e passaram a governar nossa própria vida, varrendo para baixo do tapete princípios morais e éticos que são o que há de melhor na essência humana.

Combater o consumismo e a oniomania, nesse sentido, significa lutar pelo resgate desses princípios – os únicos que podem, sim, nos reconduzir ao caminho da verdadeira felicidade.

Transmissão da energia do Amor


INTELIGÊNCIA DO CORAÇÃO

Uma tarde, Terry voltava para casa, num trem suburbano de Tóquio, quando entrou um operário enorme, belicoso e muito bêbado.
O homem, cambaleando, se pôs a aterrorizar os passageiros: gritando palavrões, avançou para uma mulher com um bebê no colo e jogou-a em cima de um casal de velhos, que se levantaram e iniciaram uma debandada para o outro extremo do vagão. O bêbado, fazendo outros ataques (e, em sua raiva, errando), agarrou a coluna de metal no meio do vagão com um rugido e tentou arrancá-la.
Nessa altura Terry, que estava no auge da forma física com as oito horas de exercício no Aikidô, sentiu-se chamado a intervir, para que ninguém se machucasse seriamente. Mas lembrou-se das palavras de seu mestre:
- O Aikidô é a arte da reconciliação. Quem quer brigar já rompeu a ligação com o universo. Quem tenta dominar as pessoas já está derrotado. Nós estudamos como resolver o conflito, não iniciá-lo.
Na verdade, Terry concordara, ao iniciar as aulas com o professor, em jamais puxar uma briga e usar sua arte marcial só para defesa. Agora, finalmente, via uma oportunidade de testar suas habilidade no Aikidô na vida real, no que era visivelmente uma ocasião legítima. Assim, com os outros passageiros sentados paralisados em seus bancos, ele se levantou, devagar e com determinação.
Ao vê-lo, o bêbado rugiu:
- A-ha! Um estrangeiro! Você precisa uma lição de boa educação japonesa!
E começou a preparar-se para enfrentar Terrry.
Mas no momento mesmo em que o bêbado ia fazer seu lance, alguém deu um grito ensurdecedor e curiosamente alegre:
-Ei!
O grito tinha o tom animado de alguém que encontra de repente um amigo querido. O bêbado, surpreso, girou e viu um japonesinho minúsculo, provavelmente na casa dos setenta, ali sentado vestindo um quimono. O velho sorria radiante para o bêbado e chamou-o com um aceno e um cantado “Vem cá”.

O bêbado aproximou-se com um beligerante “Por que diabos eu vou falar com você?” Enquanto isso, Terry estava preparado para derrubá-lo num momento se ele fizesse o menor movimento violento.
- Que foi que você andou bebendo? - perguntou o velho, os olhos radiantes para o operário bêbado.
- Eu bebi saquê, e não é da sua conta - berrou o bêbado.
- Ah, isso é maravilhoso, absolutamente maravilhoso - respondeu o velho, num tom simpático. - Sabe, eu também adoro saquê. Toda noite, eu e minha mulher (ela tem sessenta e cinco anos, você sabe), a gente aquece uma garrafinha de saquê e vai tomar no jardim, sentados num velho banco de madeira...
E continuou falando de um pé de caqui em seu quintal, do destino do jardim, de saborear saquê à noite.
O rosto do bêbado começou a suavizar-se enquanto ouvia o velho, afrouxou os punhos.
- Ééé... Eu também adoro caqui... - disse, a voz morrendo.
- Sim - respondeu o velho com uma voz animada - e tenho certeza de que tem uma esposa maravilhosa.
- Não - disse o operário. - Minha esposa morreu.
Soluçando, lançou-se numa triste história de que perdera a esposa, a casa, o emprego, a vergonha que sentia de si mesmo.
Nesse momento, o trem chegou na estação de Terry, e quando ele ia saindo, voltou-se e ouviu o velho convidar o bêbado a sentar-se junto dele e contar-lhe tudo, e viu o bêbado arriar no banco, a cabeça no colo do velho.
Isso é brilhantismo emocional!

sexta-feira, 18 de julho de 2014

BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL.

BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL -  UNESCO

Já está disponível na Internet, através do site www.wdl.org

Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta.

Entre os documentos mais antigos há alguns códices precolombianos, graças à contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em 1562", explicou Abid.

Os tesouros incluem o Hyakumanto darani , um documento em japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato dos aztecas que constitui a primeira menção do Menino Jesus no Novo Mundo; trabalhos de cientistas árabes desvendando os mistérios da álgebra; ossos utilizados como oráculos e esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.

Fácil de navegar:

Os documentos foram passados por scanners e incorporados no seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre elas o PORTUGUÊS.

A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações.

O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar diretamente pela Web, sem necessidade de se registrarem.

Permite ao internauta orientar a sua busca por épocas, zonas geográficas, tipo de documento e instituição.

O sistema propõe as explicações em sete idiomas ( árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol eportuguês ), embora os originais estejam na sua língua original.

É possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus traduzido em aleutiano pelo missionário russo Ioann Veniamiov, em 1840.

Com um simples clique, podem-se passar as páginas um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos.

A excelente definição das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.

Entre as jóias que contem no momento a BDM está a Declaração de Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos países; um texto japonês do século XVI considerado a primeira impressão da história; o jornal de um estudioso veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do mundo; o original das "Fábulas" de La Fontaine, o primeiro livro publicado nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e umas pinturas rupestres africanas que datam de 8.000 A.C.

Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas:

América Latina e Oriente Médio.

Isso deve-se à ativa participação da Biblioteca Nacional do Brasil, à biblioteca de Alexandria no Egipto e à Universidade Rei Abdulá da Arábia Saudita.

A estrutura da BDM foi decalcada no projeto de digitalização da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e atualmente contém 11 milhões de documentos em linha.

Os seus responsáveis afirmam que a BDM está sobretudo destinada a investigadores, professores e alunos.

Mas a importância que reveste esse site vai muito além da incitação ao estudo das novas gerações que vivem num mundo audio-visual.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Inversão de papéis


Jóias Devolvidas

Narra uma antiga lenda árabe, que um Rabi, religioso dedicado, vivia muito feliz com sua família. Esposa admirável e dois filhos queridos.

Certa vez, por imperativos da religião, o Rabi empreendeu longa viagem ausentando-se do lar por vários dias.

No período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois filhos amados.

A mãezinha sentiu o coração dilacerado de dor. No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com bravura.

Todavia, uma preocupação lhe vinha à mente: como dar ao esposo a triste notícia?

Sabendo-o portador de insuficiência cardíaca, temia que não suportasse tamanha comoção.

Lembrou-se de fazer uma prece. Rogou a Deus auxílio para resolver a difícil questão.

Alguns dias depois, num final de tarde, o Rabi retornou ao lar.

Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos...

Ela pediu para que não se preocupasse. Que tomasse o seu banho, e logo depois ela lhe falaria dos moços.

Alguns minutos depois estavam ambos sentados à mesa. A esposa lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos.

Ela, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido:

- Deixe os filhos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.

O marido, já um pouco preocupado perguntou:

- O que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus.

- Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas jóias de valor incalculável, para que as guardasse. São jóias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo!
O problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?

- Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!... Por que isso agora?

- É que nunca havia visto jóias assim! São maravilhosas!

- Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá que devolvê-las.

- Mas eu não consigo aceitar a idéia de perdê-las!

E o Rabi respondeu com firmeza:

- Ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo! Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Iremos juntos devolvê-las, hoje mesmo.

- Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido. Na verdade isso já foi feito. As jóias preciosas eram nossos filhos. Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram.

O Rabi compreendeu a mensagem. Abraçou a esposa, e juntos derramaram grossas lágrimas. Sem revolta nem desespero.

Os filhos são quais jóias preciosas que o Criador nos confia a fim de que os ajudemos a burilar-se.

Não percamos a oportunidade de auxiliá-los no cultivo das mais nobres virtudes. Assim, quando tivermos que devolvê-los a Deus, que possam estar ainda mais belos e mais valiosos.