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quinta-feira, 11 de março de 2010

Falta de iniciativa - mensagem a Garcia

Estou corrigindo portfólio de alunos de uma turma e provas de uma outra turma e fico preocupada com a falta de iniciativa que os nossos jovens demonstram.

Deixo este filme para que os pais, tios, padrinhos, professores comecem a desenvolver esta capacidade nos jovens que são o futuro deste país!!!

O filme é baseado numa Mensagem a Garcia. O texto abaixo foi condensado do original, de Elbert Hubbard 22/2/1899

"Quando irrompeu, no século 19, a Guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, o que importava era comunicar-se, rapidamente, com o chefe dos revolucionários, que se chamava Garcia, que se sabia encontrar-se em alguma fortaleza do interior do sertão cubano. Mas sem que se pudesse precisar exactamente onde, era impossível comunicar-se com ele pelo correio ou telégrafo.

O presidente dos Estados Unidos tinha que assegurar-se da sua colaboração o quanto antes. O que fazer? Alguém lembrou ao presidente: - Há um homem chamado Rowan, e se alguma pessoa é capaz de encontrar Garcia, há de ser Rowan. Foi-lhe então, confiada esta incumbência.

Rowan, de imediato, tomou a carta presidencial, meteu-a num invólucro impermeável, amarrou-a sobre o peito e, após quatro dias, saltou de um barco sem coberta, alta noite, nas costas litorâneas de Cuba, embrenhou-se no sertão para, depois de três semanas surgir do outro lado da ilha, atravessando a pé o país hostil e entregando a carta a Garcia.

O que se quer frisar é isto: o presidente deu a Rowan uma carta para ser entregue a Garcia. Rowan pegou-a e nem sequer perguntou: Onde é que ele está? Não é só de ensinamentos dos livros que a juventude precisa. Precisa, sim, de muita persistência para poder mostrar-se eficaz e empreendedor no exercício de um cargo, para atuar com responsabilidade e diligência, para dar conta de uma obrigação. Para, em suma, "levar uma mensagem a Garcia".

O famoso General Garcia não é mais deste mundo, mas há outros "Garcias" no mundo de hoje, em todo lugar, em todas as empresas.

Praticamente todos os homens que se empenhem em levar avante uma empresa, uma instituição, vêem-se envolvidos em momentos de verdadeiro desespero ante a falta de responsabilidade no cumprimento de suas tarefas (para os quais são pagos), de grande número de homens e mulheres, ante a falta de disposição de concentrar a mente numa determinada tarefa e fazê-la bem feita. A normose que se observa em muitos lugares é a desatenção, indiferença irritante, trabalhos mal feitos ou deixados por terminar, não cumprimento dos prazos e horários entre outros.

Actualmente quando pedimos alguma coisa a um jovem, seja aluno ou colaborador, ele faz uma ou mais das seguintes perguntas:
O que é isto?
Onde posso encontrar elementos para executar a tarefa?
Como faço a estrutura do portfólio? ou o que é um portfólio?
Fui acaso contratado para fazer isto?
E se o Senhor pedisse a fulano para fazer?
Precisa disso com urgência?
Para que o Senhor quer isto?
E mesmo que você responda a todas as perguntas, esse jovem irá pedir a um companheiro para que o ajude a "encontrar Garcia" e, depois, voltará para lhe dizer que tal homem não existe ou não foi encontrado...

Esta incapacidade de actuar de forma autónoma, esta invalidez de vontade, esta atrofia de disposição e de iniciativa, para a acção, são as coisas que retardam a evolução do homem e da sociedade em que vivemos.

Ultimamente se tem ouvido muita expressão sentimental, externando simpatia para com os trabalhadores que realizam atividades de sol a sol e muita palavra dura para com os homens ou mulheres que estão na direção de instituições. Entretanto, se é válida a nossa compaixão para com aqueles menos aptos, vale também uma lágrima para aqueles que se esforçam por levar avante uma instituição, empresas privadas ou públicas, cujas horas de trabalho não estão limitadas ao estabelecido no Contrato de Trabalho ou ao som ou apito de encerramento do turno de trabalho, e envelhecem prematuramente, na incessante luta em que estão empenhados contra a indiferença daqueles que, sem o seu espírito empreendedor, andariam neste mundo sem trabalho e sem salário.

O que é importante exaltar, é o homem que trabalha, seja lá de que lado ele esteja (empregado ou dirigente), rico ou pobre, culto ou inculto. Quem promove o desenvolvimento, quem ajuda as instituições a realizarem bem a sua missão, quem moraliza a sociedade é o homem que, ao lhe ser confiada uma "Carta a Garcia", tranquilamente toma a missiva, sem fazer perguntas tolas e sem a intenção oculta de jogá-la na primeira lata de lixo que encontrar. Este homem nunca fica sem trabalho.

A civilização humana busca ansiosa, insistentemente, homens e mulheres nestas condições, que encarem com seriedade o papel que lhes cabe na vida ou lhes foi confiado, que atinjam o objetivo que lhes foi traçado.

Precisa-se de homens e mulheres assim em cada cidade, em cada vila, em cada lugarejo, em cada escritório ou fábrica, em cada grupo de trabalho, em cada turma na Escola ou Faculdade, assumindo plenamente o seu papel.

Precisa-se urgentemente de pessoas que levem "uma mensagem a Garcia".

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